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Scripta Nova
REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
Universidad de Barcelona. ISSN: 1138-9788. 
Depósito Legal: B. 21.741-98
Vol. VIII, núm. 170 (15), 1 de agosto de 2004

TURISMO E COMÉRCIO ELETRÔNICO:
UMA ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO EM PONTOS TURÍSTICOS REGIONAIS

Ramiro Saldaña Garin
 Escola de Informática da Universidade Católica de Pelotas/Brasil

Vanda Ueda
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Brasil


 Turismo e comércio eletrônico: uma estratégia de implantação em pontos turísticos regionais (Resumo)

O presente artigo procura apresentar uma proposta de inserção de pontos turísticos regionais no comércio eletrônico. Inicialmente, apresenta-se uma breve introdução sobre a importância do turismo para o desenvolvimento regional, e mais especificamente, para a região sul do Rio Grande do Sul. Após, é apresentada a Internet como ferramenta impulsionadora do turismo e que serve de introdução à adaptação da estratégia empresarial através da proposta apresentada por Patrícia Seybold, para os pontos turísticos. Por fim, apresenta-se uma estrutura de planejamento de sites para pontos turísticos e uma estrutura tecnológica básica para o desenvolvimento de sites com esta finalidade.

Palavras-chave: Internet, comércio eletrônico, turismo, desenvolvimento regional.


Com as constantes transformações de ordem econômicas, sociais, políticas, territoriais  e informacionais produzidas no final do século XX e início do XXI, as noções de espaço e tempo tornaram-se quase que obsoletas e alguns autores chegaram a afirmar o fim dessas categorias. Com a revolução tecnológica centrada em torno das tecnologias de informações  estas impõem um outro ritmo a sociedade. CASTELLS (1997) acrescenta que o novo paradigma tecnológico organizado em torno da tecnologia da informação materializou um novo modo de produzir, comunicar, gestionar e viver[1]. Esse novo paradigma tecnológico fez com que as pessoas buscassem novos espaços de lazer e de ócio, uma vez que as empresas do setor turístico utilizam as novas tecnologias de informação para introduzir no mercado seus produtos e serviços.

Com o crescimento do setor turístico e com o deslocamento de milhares de pessoas por todo o mundo, este tem tornado uma das atividades mais importantes em termos econômicos, favorecendo as ações políticas de âmbito local, regional e mundial. Sabemos que a intensificação do turismo a nível mundial repercute no território e temos que pensar em estratégias que favoreçam essas atividades, tanto do ponto de vista social como o tecnológico. Neste sentido, os agentes envolvidos (públicos ou privados) no planejamento e na gestão do turismo buscam fórmulas diferenciadas que estejam conectadas as especificidades dos recursos existentes, sejam eles, territoriais, sociais ou culturais.

Nosso objetivo é apresentar uma estratégia metodológica que facilite o planejamento e a gestão turística tendo como suporte os sistemas de informação, onde a Internet aparece como ferramenta impulsionadora do comércio eletrônico em pontos turísticos e que serve de introdução à adaptação de uma estratégia empresarial. Para melhor entendimento trabalhamos com duas dimensões conceituais, uma referente ao turismo e ao planejamento turístico enquanto estratégia impulsora de geração e renda e a outra apresenta a Internet como novo meio de comunicação para o setor turístico, a proposta de adaptação da estratégia definida por Patrícia Seybold (uma das bibliografias mais consultadas e citadas na atualidade) para pontos turísticos, a estrutura para planejamento de sites para pontos turísticos e uma estrutura tecnológica básica para o desenvolvimento de sites.

Antecedentes

Nos últimos anos temos percebido que algumas alternativas para o desenvolvimento das atividades turísticas na Região Sul do Rio Grande do Sul vem sendo planejada e concretizada como uma forma de geração e renda para a população envolvida. Para que as mesmas fossem concretizadas surgiram os cursos de Bacharelado em Administração com Habilitação em Hotelaria, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)[2] e o Curso Superior de Turismo Cultural e Empreendimentos, da Universidade Católica Pelotas (UCPel)[3]. Além disso foram restaurados, a partir de iniciativas do governo federal os casarões situados no entorno da Praça Coronel Pedro Osório e o chafariz localizado no centro dessa praça, conhecido como "As Nereidas". Cabe ressaltar que este chafariz foi trazido da França no final do século XIX. Evidenciando os aspectos históricos e culturais da cidade, surgem excelentes iniciativas, como a transformação da Charqueada São João[4] (datada de 1810) e apontada como a maior charqueada intacta do Rio Grande do Sul, em pousada. O turista que não quiser pernoitar na Charqueada pode desfrutar do espaço tranquilamente, pois o empreendimento dispõe de guias especializados para a realização de um roteiro sobre a história da Charqueada (mais de duas mil visitas registradas até o momento) e um passeio de barco pela "Rota das Charqueadas" no Arroio Pelotas. A charqueada São João por estar preservada, vem servindo de ponto de referência a todos os turistas que visitam a cidade. Além disso, serviu de locação para uma série televisiva  ("A Casa das Sete Mulheres") produzida por uma conhecida rede de televisão, a Rede Globo.

Além do turismo vinculado aos aspectos históricos, a cidade de Pelotas é conhecida como a capital nacional do doce, fruto da colonização portuguesa. Realiza-se todos os anos a Feira Nacional do Doce (FENADOCE), onde os turistas de toda região e de todo o Brasil pode deliciar com os famosos e conhecidos doces, como os camafeus, pastéis de Santa Clara, ninhos, entre outros.

O municipio de Pelotas apresenta-se como uma região onde podemos realizar todos os tipos de turismo, desde o turismo de praia e sol até o turismo de interior. Algumas iniciativas de desenvolvimento local tem surgido nas áreas rurais, fomentando a participação efetiva da população local nessas atividades, para que ele tenha um papel importante no desenvolvimento do turismo e na geração de emprego e renda[5].

Motivados pela importância do turismo, pelas iniciativas que vem sendo tomadas na região sul do Rio Grande do Sul, e pela possibilidade de contribuir de alguma forma com este processo é que surge esta proposta de implantação de comércio eletrônico em pontos turísticos regionais.

Planejamento e turismo

Nos últimos anos, alguns autores têm se dedicado a estudar e formular uma metodologia para planejar e gestionar com eficiência as atividades turísticas. Antes de falarmos e apresentarmos a parte mais técnica, se faz necessário falar o que entendemos por planejamento e turismo, e como os diversos autores têm trabalhado com a temática, uma vez que envolve todos os campos disciplinares e diferentes realidades sociais, econômicas e territoriais.

Em âmbito nacional, a EMBRATUR analisa o turismo como  uma  atividade econômica representada pelo conjunto de transações turísticas (compra e venda de bens e serviços), ou seja com uma visão completamente economicista. Esta visão foi largamente difundida em todo o mundo, especialmente na Europa, a partir dos anos 1940 e 1950. Nos anos pós-guerra, o setor turístico começou a oferecer férias para turistas inexperientes com motivações básicas -  a busca de um turismo de sol e praia. Essa nova forma de turismo foi denominada de turismo de massas ou turismo fordiano. Nesse paradigma à produção em massa do setor industrial foi transferido para o turismo, onde se ofereciam pacotes turísticos fechados a determinados destinos e com um custo relativamente baixo[6]. Preocupada com esse paradigma de massificação do turismo é que a Organização Mundial do Turismo (1998) adota a seguinte definição com relação à atividade turística: "o turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadias para lugares distintos ao de seu entorno habitual, por um período de tempo inferior a um ano com a finalidade de lazer, por negócios, etc"[7]

Seguindo na mesma direção da Organização Mundial do Turismo, Andrade (1997) acrescenta que o turismo é característico de uma sociedade de consumo, o turismo como um todo estruturado não é mais do que um produto composto ou uma combinação de bens e serviços, cuja funcionalidade depende de uma série de conhecimentos operacionais e de paciente dedicação para o atendimento dos requisitos da oferta e das exigências da demanda, para ele o turismo pode ser entendido como um complexo de atividades e serviços relacionados aos deslocamentos, transportes, alojamentos, alimentação, circulação de produtos típicos, atividades relacionadas aos movimentos culturais, visitas, lazer e entretenimento.Enfatiza também outros elementos que estão relacionados com o turismo, pois a atividade turística não pode acontecer se não houver outros serviços e setores complementares[8].

Outros autores como Cruz (2003:5) assinala que o turismo, é, antes de mais nada, uma prática social, que envolve o deslocamento de pessoas pelo território e que tem no espaço geográfico seu principal objeto de consumo[9]. Por sua vez Ueda e Vigo (1997:98) acrescentam que o turismo pode ser entendido como um fenômeno econômico, político, social, cultural e ambiental cujos componentes básicos para a reflexão são o homem, o espaço e o tempo. Portanto, o planejar e buscar estratégias para o desenvolvimento turístico é importante para o desenvolvimento da atividade de uma região ou município, uma vez que mostrará e indicará caminhos a serem trilhados[10].

Neste, sentido, Bissoli acrescenta que o planejamento turístico é um processo que analisa a atividade turística de um determinado espaço geográfico, diagnosticando seu desenvolvimento e fixando um modelo de atuação mediante o estabelecimento de metas, objetivos, estratégias e diretrizes com os quais se pretende impulsionar, coordenar e integrar o turismo ao conjunto macroeconômico em que está inserido[11].

A finalidade do planejamento turístico consiste em ordenar as ações do homem sobre o território e ocupa-se em direcionar a construção de equipamentos e facilidades de forma adequada evitando, dessa forma, os efeitos negativos nos recurso, que os destroem ou reduzem sua atratividade[12].

Ao iniciar o planejamento turístico de uma região, através de um plano de desenvolvimento, devemos ter claro o que queremos e quais nossos objetivos. Através dos sistemas de informações, o plano será executado mas facilmente uma vez que permitirá o armazenamento e conseqüentemente o mapeamento de todos os elementos e recursos necessários ao realizar o planejamento e a gestão do turismo de uma região.

Algumas ferramentas, métodos e técnicas são importantes para o desenvolvimento do planejamento turístico, uma vez que ajudará na formatação e divulgação das atividades do setor turístico.

A Internet e o setor turístico

A onipresença da Internet, sua facilidade de uso e o preço do equipamento necessário cada vez mais acessível fazem dela uma plataforma excelente para uma comunicação mais efetiva com os clientes.

Para Lage (2000) a Internet, enquanto novo veículo de comunicação, possui vantagens sobre os demais veículos já conhecidos[13]. Dentre as principais características, especialmente em se tratando de relações no setor turístico, destacam as seguintes:

- Nova relação entre consumidores e empresas: A Internet, no caso do turismo, é uma excelente maneira de comunicação entre os usuários e os respectivos prestadores de serviços. Os sites de pousadas e hotéis, por exemplo, na divulgação de um novo serviço ou de seus serviços de reservas e hospedagens, acabarão por conseguir maior lucratividade não somente pelas informações colhidas e pelas reservas feitas através do site, mas pelo envio de orientações e conselhos que demonstrem ainda mais atenção e qualidade ao serviço que o consumidor merece;

- Importância da informação detalhada: A informação vende os produtos na Web. Especialistas de marketing e vendedores on-line devem encher seus sites com conhecimento, sugestões, eventos, notícias e atributos sobre seus produtos. No entanto, nunca substituirão as compras cara a cara, muito pelo contrario, haverá uma tendência de empresas reservarem sempre algo que só pode ser visto ao vivo. No caso do produto turístico, de maneira geral, onde a Internet permite a seus usuários o conhecimento prévio de imagens, de lugares e destinações turísticas com elevado grau de detalhamento, embora não substitua o desejo e o consumo das viagens. Como forma de conhecimento é absolutamente pertinente, atendendo a todos os interesses, inclusive de divulgação nas vendas de pacotes de reservas de hotéis e tantos outros. Mas o consumidor de produtos turísticos não se satisfaz com esta visão, que, pelo contrário, muitas vezes passa a ser um estimulante na decisão final do deslocamento físico para o pólo turístico desejado.

- Credibilidade e agilidade de comunicação: A agilidade de comunicação permite que umas transmissões instantâneas, imediatas, em que um simples computador, numa linguagem atualizada, em tempo real, transmita e receba as informações solicitadas. Esta comunicação deve atender as necessidades reais de cada usuário - incluindo não só os dados e textos, mas também imagens, gráficos, multimídia - sendo de extrema importância para uso da industria turística, como chave de diferenciação no século XXI.

- Mundo sem fronteiras e universo de oportunidades:  No mundo econômico da Web, o turismo e qualquer negócio pode ser global com enorme facilidade e mínimo custo. Excluindo a localização como obstáculo para o comércio, vemos que a criatividade e a habilidade se tornam cada vez mais qualidades inerentes na construção de um site bem sucedido, tendo seu reconhecimento em qualquer parte do mundo ao mesmo tempo.

A estratégia proposta por Seybold

Patrícia Seybold (2000) em seu livro Clientes.com - como criar uma estratégia empresarial para a internet que proporcione lucros reais apresenta 5 etapas para inserir empresas de forma bem sucedida no comércio eletrônico. As 5 etapas, com uma proposta de adaptação à inserção especificamente de pontos turísticos no comércio eletrônico, são apresentadas a seguir:

1. Facilitar os negócios do cliente com você.

Nesta primeira etapa, o ponto turístico tem que estar preparado para fazer com que o cliente encontre respostas a perguntas como: Quais produtos e serviços estão à disposição? O produto ou serviço que quero está disponível? Como posso fazer uma reserva? Como saberei se a reserva foi efetuada? Como faço para chegar até o ponto turístico? Quais são as formas de pagamento disponíveis?

Talvez esta seja a etapa mais importante, pois trata-se do primeiro contato com cliente. A personalização das respostas às perguntas feitas é um diferencial importante. Se o cliente já entrou em contato alguma vez, lembrar dele (através de informação armazenada) também é importante.

2. Enfocar o cliente final de seus produtos e serviços

Aqui é importante fazer um exercício para saber com a maior precisão possível quem é realmente o cliente final, e procurar garantir a sua satisfação. Seybold (2000) chama a atenção ao fato de que o cliente final é aquele que consome o produto ou serviço oferecido e geralmente, porém nem sempre, quem paga por ele. Um exemplo no setor turístico é a venda de pacotes através de agencias. Às vezes é a própria agencia que se encarrega de tudo, até mesmo o pagamento, mas o cliente final não é esta, e sim o turista.

Estabelecer um circuito direto entre o ponto turístico, o intermediário e o cliente final é de vital importância para assegurar a continuidade do sucesso do empreendimento.

3. Redesenhar os processos de negócios relacionados ao cliente, do ponto de vista do cliente

Neste momento é importante pensar na interação cliente-ponto turístico na Web sob a ótica do próprio cliente. Para Seybold (2000), uma das novas oportunidades que as tecnologias de comércio eletrônico permitem é entrar diretamente no coração e mente dos clientes, pois através do site você descobrirá que eles dirão, com grande precisão, o que querem e de que precisam. É fundamental ter em mente que, para redesenhar os processos de negócios relacionados aos clientes, será necessário definir meios de armazenar e acessar as informações sobre os clientes. Preocupação a considerar quando do planejamento do site na Web, que será comentado na próxima seção.

4. Conectar sua empresa para obter lucro: conceber uma arquitetura de negócios eletrônicos abrangente e progressiva

Criando um site na Web e fazendo-o evoluir para atender às necessidades dos clientes e parceiros comerciais estará dando-se o primeiro passo em comércio eletrônico. Seybold (2000) destaca dois grupos importantes de problemas neste tipo de abordagem. Um problema a ser enfrentado é o da integração do site com os sistemas gerenciais existentes (se este for o caso).  O recomendado é criar uma estratégia genérica de integração para todos os aplicativos, e não uma abordagem fragmentada.

O outro problema apontado é perceber que é possível usar muitos dos mesmos recursos presentes no site para permitir que os próprios clientes resolvam seus problemas usando telefones, quiosques ou dispositivos portáteis.

E ainda é possível reutilizar muitos dos processos e informações desenvolvidos para os clientes finais para atender a parceiros do negócio, que no caso do turismo podem ser agencias, fornecedores e outros pontos turísticos da região. Novamente torna-se interessante generalizar o raciocínio, ir além da criação de um site na Web e conceber uma arquitetura de suporte ao comércio eletrônico tanto hoje quanto no futuro.

5. Fomentar a lealdade do cliente, a chave da rentabilidade no comércio eletrônico

Através do comércio eletrônico é possível criar relacionamentos mais econômicos, tanto para o cliente quanto para o negócio, e que aumentem a lealdade dos clientes. Seybold (2000) destaca que as empresas que conseguem atrair em manter  os clientes são significativamente mais lucrativas do que aquelas que os clientes abandonam após algumas transações. Os clientes esperam que a empresa saiba quem eles são e que ofereça o que eles precisam. Para a autora, um cliente nunca deve perguntar: "Você não sabe quem eu sou?".

Planejamento de Sites

Antes de passar a apresentar um conjunto de passos para o planejamento de um site, torna-se interessante definir o que é um site. Tom Venetianer (1999) propõe definir um site sob a ótica de quatro aspectos diferentes[14].

1- O site físico consiste na instalação dos equipamentos onde se armazenam as páginas e todos os elementos digitais que a compõem -os arquivos de imagens, sons, animações e as próprias páginas codificadas em HTML.

2- O  site lógico é a coleção dos arquivos acima mencionados. A criação da estrutura do site lógico, bem como a organização de seus diretórios, a movimentação de arquivos e a execução de outras tarefas é feita por um profissional chamado webmaster.

3- O site virtual é tudo aquilo que se enxerga quando se navega na web. É o resultado do trabalho de designers e autores que criaram as páginas e seus elementos multimídia. A mescla de redação, imagens, diagramação, hiperlinks e navegação é denominada de conteúdo do site.

4- O site mídia é o conjunto de características mercadológicas conferidas ao site virtual, tanto na sua concepção quanto na sua atualização. A temática das páginas, a lógica e ordenação desse conteúdo, as técnicas de design que permitem induzir visitantes a navegar para determinadas páginas, entre outras, são características  importantes a serem focalizadas.

A seguir, são apresentados e adaptados a pontos turísticos os principais passos para o planejamento de um site, propostos por Venetianer.

Uma proposta diferenciada de marketing on-line

Hoje não é mais possível apenas colocar um site de um ponto turístico no ar e achar que já se está diferenciando de outros. É fundamental um trabalho de criatividade para apresentar uma proposta diferenciada, sob pena de ser apenas mais um site.

As seguintes perguntas podem ajudar a desenvolver uma proposta diferenciada: "O que esperam ou buscam encontrar os potenciais visitantes de sites de pontos turísticos?", "Que tipo de informação útil é possível oferecer, principalmente as do tipo que não se encontram com facilidade por outros meios ou mídias?", "Como é possível agilizar as operações necessárias (de reserva, por exemplo) através de um site? Como é possível traduzir essas vantagens em vantagens para os visitantes?", "Os diferenciais mercadológicos atuais do ponto turístico podem ser transferidos para um site? Tem sentido fazer isso?", e por fim, "Qual será o principal atrativo do site? Como este será divulgado?".

Examine o que sua concorrência está fazendo certo ou errado

Neste ponto é importante examinar não apenas o que outros sites de pontos turísticos estão fazendo corretamente, mas também, e principalmente, o que estão fazendo de errado e aprender com ambos. Como no caso de pontos turísticos nacionais não se encontram muitas propostas diferenciadas, talvez seja uma boa idéia analisar o que pontos turísticos do mundo inteiro estão fazendo.Algumas perguntas que ajudam na análise: As páginas demoram a carregar? Há excesso de imagens? Elas estão malfeitas? A navegação é confusa? Os links estão mal definidos? O texto é ruim? O que não funciona direito? Que tipo de serviço está faltando? Existe busca fácil dessas informações?

Definindo  as finalidades e os objetivos do site

É preciso definir os objetivos para os quais o site está sendo planejado. Em termos mercadológicos, para pontos turísticos, eis alguns objetivos genéricos:

Þ    Promover o ponto turístico;

Þ    Aumentar o número de clientes;

Þ    Prover os clientes e prospects  de um catálogo eletrônico de informações sobre os produtos ou serviços oferecidos;

Þ    Gerar novos prospects, através de e-mail ou os meios convencionais de comunicação;

Þ    Permitir a possibilidade de efetuar reservas através de formulários eletrônicos;

Þ    Gerar receita incremental, através da venda de espaços publicitários nas páginas do site;

Þ    Diferenciar-se da concorrência.

Determine os motivadores de visitação

Oferecer conteúdo de valor é a principal diferença entre sites muito visitados e sites pouco visitados. No caso de pontos turísticos, os motivadores de visitação podem ser imagens sobre o local e as acomodações (se for o caso), informações históricas sobre o ponto turístico, as facilidades dos serviços prestados e informações relacionadas com o local em questão, bem como informações sobre outros pontos turísticos com motivos similares. Em resumo, o site deve oferecer informação útil.

Detalhe a estrutura completa do site

O planejamento da estrutura de um site provavelmente é a etapa que requer maior dedicação, tempo e paciência. O objetivo principal dessa etapa do planejamento é conseguir vislumbrar uma estrutura a longo prazo, mesmo que a construção do site se processe em etapas. A seguir, é apresentada uma lista de segmentos que pode ajudar nesta tarefa:

Quem somos e o que fazemos? O que nos diferencia? Páginas de feedback fácil.

Relação de links para sites correlatos.

Mecanismos de busca do conteúdo das páginas ou, ao menos, um mapa do site.

Crie a identidade visual

Identidade visual não trata apenas de aspectos de programação visual. O que deve receber atenção redobrada é a concepção de um visual que ofereça pistas visuais claras aos navegantes. Em cada página, os navegantes devem se localizar facilmente - saber onde se encontram na estrutura geral do site, como retornar a um determinado segmento, quais os recursos de navegação e o que cada ícone representa. É muito comum a utilização de uma tarja lateral que facilita a diagramação. Normalmente o rodapé contém informações de navegação e de identificação do site. O restante é o corpo da página propriamente dito, onde são inseridos os textos e eventuais ilustrações pertinentes.

Defina o conteúdo básico

Venetianer (1999) apresenta uma definição interessante de conteúdo de valor: "O conteúdo de um site pode ser considerado rico e diferenciado e, portanto, de valor, se a redação de seu copy resultar em idéias criativas e interessantes, o estilo da comunicação for vibrante, gerando gratificação durante sua leitura àqueles que o visitam". Resumindo, ele coloca que "só se consegue diferenciar um site através da qualidade de seu conteúdo"

Estrutura tecnológica proposta

A seguir, apresentamos uma estrutura tecnológica básica para o desenvolvimento  de um site de comércio eletrônico. Não é intenção esgotar o assunto, nem propor o que há de mais moderno em termos de desenvolvimento. Apenas trata-se de um conjunto de tecnologias viáveis em temos de bibliografia de apoio, disponibilidade de profissionais e, principalmente, em termos de investimentos necessários, já que é sabida a crise econômica em que se encontra a região sul do Rio Grande do Sul. São apresentados um método de desenvolvimento, um sistema operacional, um servidor Web, um banco de dados e uma linguagem de desenvolvimento.

Método de desenvolvimento

De acordo com Furlan (1998), em termos de desenvolvimento de soluções em informática, "O problema está deixando de ser o software e o hardware - cada dia mais poderosos do que no dia anterior -para se tornar os métodos de trabalho que empregamos no uso dessa tecnologia, bem como seu alvo de utilização".

Os métodos que vem se destacando cada vez mais no cenário de desenvolvimento de soluções em informática são os Orientado a Objetos.

Entre os métodos orientado a objetos para aplicações hipermídia (que são o caso em termos de sites de comércio eletrônico), o que vem mais se destacando é o OOHDM (Object-Oriented Hypermedia Design Method).

Desenvolvido por Rossi (1996), consiste de uma abordagem baseada em modelos para construção de grandes aplicações hipermídia. OOHDM considera o processo de desenvolvimento da aplicação hipermídia em quatro atividades, desempenhadas em uma mistura de estilos iterativos e incrementais de desenvolvimento; em cada etapa um modelo é construído ou enriquecido.

Sistema operacional

Os Sistemas Operacionais são necessários para possibilitar a operação de qualquer sistema computacional. Alguns dos sistemas operacionais mais populares são o Windows, o Unix, o MacOS e o Linux. Dos citados, apenas o GNU/Linux é um sistema operacional livre. Por este motivo, e também por possuir uma vasta documentação disponível, ser estável e servir de plataforma de desenvolvimento para várias outras ferramentas, o GNU/Linux é o sistema operacional recomendado.

Servidor WEB

Servidor Web é um programa que, utilizando o modelo cliente/servidor e o protocolo http, serve a requisições de páginas de usuários da World Wide Web (WWW). Dentre os pesquisados, o que respondeu melhor em termos de funcionalidade, eficiência, segurança e velocidade foi o APACHE (APA01). É de fácil configuração e é extensível (suporta PHP). É licenciado através de licença própria.

Banco de Dados

Sistemas gerenciadores de banco de dados são utilizados para armazenar eficaz e eficientemente todos os dados que o site de comércio eletrônico irá requisitar. O banco de dados PostgreSQL (POS01) é um sofisticado sistema gerenciador de bancos de dados objeto-relacional, suportando quase todas as cláusulas ANSI SQL, incluindo sub-selects, transações e tipos de funções definidas pelo usuário. Talvez seja o banco de dados livre mais avançado atualmente, já que implementa herança e valores não-atômicos, entre outras características. A distribuição do PostgreSQL é baseada nos termos da Berkeley Licence, que é uma licença livre.

Linguagem de desenvolvimento

Pré-processadores são programas que executam scripts que podem ou não estar embutidos no código HTML de páginas web. São os pré-processadores que geram a parte dinâmica das páginas. Dependendo do pré-processador, é possível executar as mais diversas operações, como acesso a bases de dados e/ou a recursos do sistema.  O PHP (PHP01) é uma linguagem script embutida em HTML. Com PHP é possível coletar dados de um formulário, gerar páginas dinamicamente ou enviar e receber cookies. O PHP tem como característica importante o suporte a um grande número de bancos de dados, como Interbase, mySQL, Oracle, Sybase, PostgreSQL e vários outros.

Construir uma página baseada em um banco de dados torna-se uma tarefa simples com PHP. É licenciada através da GNU GLP (GNU01).

Considerações finais

Quando falamos de inovações tecnológicas vinculados ao turismo temos que pensar de forma multidisicplinar, pois segundo Cruz (2000) a acrescente importância econômica do turismo é causa e conseqüência de sua ampliada necessidade de intervenção espacial. Concordamos com a autora, uma vez que o turismo está inseri­do na lógica de uma atividade econômica organizada e se faz necessário a criação de um sistema de objetos. Cujos objetos estão relacionados à locomoção de pessoas, à sua hospedagem, às suas necessidades de alimentação, capaz de atender à demanda de ações que lhe é própria. Neste sentido, o conjunto resultante da sobreposição desses sistemas de objetos e de ações requeridos pelo uso turístico do espaço distingue o lugar turístico da atualidade dos "outros lugares"".

Portanto, acreditamos ser necessário que os setores público e privado da região sul do Rio Grande do Sul percebam a importância de ações conjuntas no sentido de impulsionar o turismo como uma alternativa para o desenvolvimento da região.

Para que isso se produza é preciso impulsionar o turismo regional através da implantação de pontos turísticos regionais no comércio eletrônico. Pelo exposto, acredito que esta implantação seja totalmente viável, mas é de vital importância a conscientização da necessidade de apoiar as iniciativas existentes de incentivar outras, a fim de que a região possua o sistema de objetos e de ações necessários para distinguí-la das demais.
 

Notas
 

[1] CASTELLS, M. La era de la información. Economía, sociedad y cultura. Madrid: Alianza editorial, 1997, p.31.
 
[2] Universidade Federal de Pelotas http://www.ufpel.edu.br
 
[3] Universidade Católica de Pelotas http://www.ucpel.tche.br
 
[4] Para saber mais sobre a história da Charqueada, ver: htt://www.charqueadasaojoao.com.br
 
[5] BOTELHO, D. y UEDA,V.  Pelotas colonial: programa de turismo eco-rural. In: I Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Caxias do Sul: UCS, 2003. Publicado en CD-Rom.
 
[6] FAYÓS-SOLÁ, E. La nueva política turística. In: Arquitectura y Turismo: Planes y Proyectos. Barcelona:UPC, 1996, p.59.
 
[7]OMT Introducción al turismo. Madrid: Organización Mundial do Turismo, 1998.
 
[8] ANDRADE, J.V. Turismo. Fundamentos e dimensões. São Paulo: Ática, 1997, p.38.
 
[9] CRUZ, R.C.A. Geografia do Turismo. São Paulo: Roca, 2003, p.5.
 
[10] UEDA, V. e VIGO, M.A. Recuperação do ambiente natural e urbano da Lagoa dos Patos em beneficio do desenvolvimento da atividade turística em Pelotas/RS. In: RODRIGUES, A. B. (org). Turismo e ambiente: reflexões e propostas. São Paulo: Hucitec, 1997, p. 98
 
[11] BISSOLI, M. A.M. Planejamento turístico municipal com suporte em sistemas de informação. São Paulo: Futura, 1999, p.34.
 
[12] RUSCHMANN, D. Turismo e planejamento sustentável. Campinas: Papirus Editora, 1997, p.9.
 
[13] LAGE, B. H. G. Turismo: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.
 
[14]VENETIANER, T. Como vender seu peixe na internet - Um guia prático de marketing e comércio eletrônico. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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© Copyright Ramiro Saldaña Garin y Vanda Ueda, 2004
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Ficha bibliográfica:

SALDAÑA GARIN, R. UEDA, V. Turismo e comércio eletrônico: uma estratégia de implantação em pontos turísticos regionais. Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2004, vol. VIII, núm. 170(15). <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-170-15.htm> [ISSN: 1138-9788]

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